Equipamentos que mais consomem energia em uma casa
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Mateus // 12 de maio de 2020 // 16:48
Você que trabalha na construção civil com certeza já utilizou lajes treliçadas nos seus projetos e obras, não é mesmo?
As lajes treliçadas são os tipos de lajes mais utilizadas na construção civil.
Praticamente todo profissional opta por essa solução, quando possível.
E, tendo isso mente, nós aqui da Neo Ipsum resolvemos te trazer 05 dicas valiosas para construir lajes treliçadas com garantia de maior eficiência.
Essas dicas com certeza te ajudarão a compor o seu catálogo de boas práticas de engenharia.
Esse artigo será o primeiro de uma série de postagens, no qual vamos mostrar para você um pouco sobre considerações de execução e projeto acerca das nossas tão conhecidas lajes treliçadas.
Continua lendo!
Antes de mais nada, vamos relembrar alguns tipos mais comuns de lajes formadas por vigotas pré-moldadas, que são um tipo de laje nervurada.
Tipos usuais de vigotas pré-moldadas (DROPPA JR., 1999)
Na primeira situação temos em destaque as vigotas já prontas em concreto armado.
Essas vigotas são muito comuns em construções de pequeno porte graças a execução acelerada e dispensa de formas e assoalhos de madeira.
Porém, existem alguns pontos de cuidado na utilização desse tipo de vigota.
Para que não haja problemas na obra é importante se atentar a qualidade do trilho adquirido, levando em consideração a qualidade do concreto, e a taxa de aço utilizada.
Um outro fator importante a salientar é que nesse tipo de vigota fica impossibilitada a adição de reforços.
No segundo caso, similar à primeira, temos os trilhos prontos, sendo que com a utilização de armadura pré-tracionada.
A utilização de concreto protendido agrega uma série de vantagens, como o controle de fissuração, assim como a diminuição de deslocamentos, possibilitando vencer maiores vãos.
Já a terceira situação, cujo trilho é composto pela treliça exposta e sua “sapata”, a qual apoia os elementos de enchimento, é uma opção bastante versátil.
E tem ganhado bastante espaço em diversos tipos de construções, principalmente pela possibilidade de adição de reforço externo sobre a sapata de concreto.
Mas além disso, pela possibilidade de travamento das nervuras.
Tomando agora como o nosso caso de estudo trataremos das lajes formadas por vigotas treliçadas, ou simplesmente lajes treliçadas, haja visto a maior utilização local desse tipo de laje.
Para início de conversa, vejamos abaixo a disposição mais comum desse tipo de laje em construções, na qual os elementos pré-moldados são dispostos sobre elementos de alvenaria ou concreto (como vigas), normalmente no menor vão, e sobre os quais são dispostos os elementos de enchimento.
Laje formada por vigotas pré-moldadas e elementos de enchimento.
É extremamente importante, realizar o apoio das lajes em elementos com rigidez superior, garantindo assim a condição de apoio.
O mais comum é em vigas de concreto apoiadas em pilares de concreto, em que ambos os elementos possuem uma grande solidarização.
Mas não só, no caso de edificações em alvenaria estrutural, lembrar de utilizar na camada de apoio uma canaleta (de preferência tipo J) preenchida com concreto e alguma armadura de ductilidade.
Dois ferros Ø8.0 mm costumam fornecer a ductilidade necessária para solicitações normais, porém sempre verificar e calcular se possível.
Utilização de canaleta de apoio para laje pré-moldada.
Apesar de pouco recomendada, a utilização de painéis de lajes sobre alvenarias de vedação é possível.
Mas claro que para solicitações pequenas de esforços como pequenas coberturas e caixas sem acesso ao público.
A utilização de uma viga armada, ou uma viga treliçada, vai garantir uma distribuição adequada de esforços, e impedir possíveis fissuras na alvenaria.
É simples garantir as dimensões mínimas das lajes treliçadas, mas não é incomum ver tal situação negligenciada em construções.
A principal delas é o não cumprimento da largura mínima da capa de concreto, que é mínima de 4 cm, mas recomendável de 5 cm.
Lembre-se que esse concreto será responsável pela zona de compressão das nervuras, além disso, você não pode esquecer a necessidade recorrente de dispor conduítes e instalações na capa.
Com relação à altura das lajes, os blocos possuem altura mínima de 8 cm, e, portanto, com capa mínima de 4 cm, caracterizando uma laje com altura mínima de 12 cm. Isso mesmo, mínima.
Não esqueçam que existem várias alturas de blocos de enchimento, 10 cm, 12 cm, 14 cm e 16 cm são os mais comuns, mas há no mercado uma infinidade.
Elementos de enchimento e parâmetros dimensionais.
A dica aqui é a utilização de elementos de enchimento adequados aos vãos das lajes.
Uma vez que vãos maiores carecem de maior inercia, mantenha, se possível a uniformidade na escolha da treliça, ou adicionando apenas o reforço externo.
O único cuidado está na compatibilidade geométrica da treliça com a altura do bloco selecionado, de forma que a parte superior da treliça fique sempre mais alta que o elemento de enchimento.
Outra dica construtiva, que se apresenta como uma boa prática na execução desse tipo de laje, é a utilização de armadura negativa de distribuição superior.
Essa armadura permite que cada parcela de carga possa ser resistida por mais vigotas, bem como ajuda no travamento das vigotas e na sua estabilidade lateral.
Utilizar malhas pop soldadas é o mais comum.
E lembre-se de não deixar as malhas coladas nos elementos de enchimento.
Você deve dispô-las sobre espaçadores e transpassar pelo menos 20cm nas regiões de emenda.
Podem ser utilizadas armaduras usuais em CA50 (malha Ø6.3 mm a cada 30cm costuma atender as solicitações usuais).
Um ponto de especial atenção e que tem extrema importância na execução e na qualidade da estrutura como um todo, é a utilização de nervuras transversais.
Essas nervuras nada mais são do que uma região maciça no interior da laje transversal ao sentido de disposição das nervuras.
Elas contêm uma armadura corrida, que garante a compatibilidade de deformações das lajes.
A sua utilização é recomendada para cada 1,5m a 2m de vão da laje.
Por exemplo: uma laje com 4 metros apresentaria apenas uma nervura, mas para uma laje com 5 metros já seria interessante pelo menos 2 nervuras.
Na situação destacada na figura abaixo, é possível notar que a utilização de nervura de travamento atua minimizando os efeitos de deslocamentos diferenciais nas lajes.
Aplicação de nervura de travamento. (AVILLA JR., 2009)
A execução da nervura de travamento é simples, basta apenas deslocar os elementos de enchimento e realizar a vedação inferior com uma tábua de madeira.
Ou utilizar espaçadores plásticos específicos, e dispor as armaduras corridas na parte inferior.
Disposição construtiva de nervura de travamento.
Caneleta plástica para nervuras transversais
Na execução de lajes treliçadas, o modelo estrutural mais comum é considerá-la como simplesmente apoiada (sobre dois apoios).
Porém como forma de diminuir flechas, e melhorar o comportamento estrutural, pode ser necessário utilizá-las apoiadas em três apoios, ou mesmo realizar o transpasse de armaduras negativas superiores.
Pense comigo, nas regiões de momentos positivos (meio do vão), há tração na parte inferior da vigota, e compressão na parte superior.
Nessa situação estaria tudo certo, pois as vigotas, que são feitas para essa situação, já possuem armadura de tração inferior (com ou sem reforço), e na parte superior temos o concreto resistindo à compressão.
Zona de continuidade entre lajes treliçadas com compressão de blocos de enchimento.
Já nas regiões de continuidade ou de momentos negativos, como sabemos, a situação se inverte, há tração na parte de cima da vigota, e compressão na parte de baixo.
E é aí que surge o problema!
E não falo em relação a ausência de armadura na parte superior, pois na verdade podemos adicionar armadura se necessário. É com relação a parte inferior que me refiro.
Nessa região há apenas os elementos de enchimento e pouquíssimo concreto para resistir a compressão.
Zona de continuidade com região maciça comprimida.
De forma a permitir situações similares pode-se criar uma região maciça nas proximidades da viga, basta deslocar aos elementos de enchimento, adicionando um assoalho abaixo, isso garante que haja concreto na zona de compressão.
A armadura deve ser a mesma da laje, não carecendo de reforço. Tal solução já é bastante abordada nos softwares comerciais de cálculo estrutural.
Finalmente, ao concluir essa postagem, me desculpo por esse artigo ser tão longo, mas espero eu que tenha lhe trazido dicas de situações práticas que possam ser diretamente aplicadas nos seus projetos.
Esse é apenas o primeiro de uma série, no qual falaremos sobre dimensionamento, flechas, e economia em lajes treliçadas.
E se estiver precisando de uma ajuda na estrutura do seu imóvel, clica aqui ou no banner logo abaixo e preencha o formulário que entraremos em contato com você o mais rápido possível.
Por hora, até as próximas dicas sobre lajes treliçadas. Já estão no forno!
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Se você está se perguntando quais são os tipos de eletrodutos e qual você deve usar no seu projeto, esse artigo foi feito para você!
Engenheiro civil
Projetista estrutural
Professor