Devo seguir a área de projetos ou
execução de obras?

Canteiro ou escritório? Sol quente ou ar-condicionado? Dinâmico ou estático? 

Esses são alguns dos pontos que passam na cabeça na hora de se escolher entre se tornar um engenheiro de obra ou um engenheiro projetista, tudo vai depender do seu perfil e das suas afinidades.

Porém, essa dualidade gera uma visão equivocada na mente do engenheiro que imagina que, ao escolher um dos caminhos, ele não irá precisar trabalhar as habilidades relacionadas ao outro.

Imagine a seguinte situação, um engenheiro resolve trabalhar como autônomo desenvolvendo projetos complementares, porém, na hora de dimensionar um pilar de um pequeno edifício ele opta por utilizar bitolas de 20 mm. 

Provavelmente, na hora da execução, o responsável pela obra (e principalmente o armador) vai amaldiçoar as próximas 10 gerações do projetista devido à dificuldade de se fazer as dobras em bitolas dessa espessura.

Esse tipo de problema poderia ser evitado caso o projetista tivesse alguma experiência em obra e acompanhasse os problemas que ocorrem no dia a dia.

Agora imagine a situação contrária, um engenheiro, que não se interessava muito pelas matérias de projeto na universidade, começa a trabalhar na execução de uma obra. 

Ao olhar o projeto estrutural ele pensa consigo mesmo: “Eu não estou entendendo nada disso aqui!” (Parece piada, mas já me deparei muito com essa situação). 

O erro na leitura do projeto pode acarretar graves problemas na execução.