O que muda com a atualização da NBR 6120?
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Pedro & Carlos // 27 de agosto de 2020 // 08:50
Projetos de pavimentação, barragens e obras de terra em geral dependem das propriedades do solo para ter o resultado correto.
No ramo da geotecnia, caso o solo seja considerado ruim para determinada aplicação, existem três possibilidades de se resolver o problema: evitar construir no terreno, realizar a substituição do solo ruim ou estabilizá-lo.
Em várias das situações, evitar o terreno problemático não é possível, e realizar a substituição do solo se torna economicamente inviável, mediante as proporções da obra em questão.
Com isso, a solução mais econômica para determinadas obras de terra, em locais no qual o solo é de baixa resistência, seria realizar a estabilização deste solo. Mas o que é estabilizar um solo?
Estabilização do solo na mais é do que realizar um procedimento mecânico ou químico para melhorar uma propriedade relevante à aplicação desejada.
Existem dois tipos principais de estabilização do solos:
A estabilização mecânica se baseia no princípio de alterar as proporções de sólido, líquido e gás da massa, as atividades mais comuns são a compactação de solo e alteração granulométrica.
A compactação de solo aumenta a densidade e resistência do material a partir da aplicação de pressão externa.
Já a alteração granulométrica consiste em misturar solos diferentes para um maior preenchimento dos vazios e adquirir maior resistência. Este procedimento é realizado quando apenas a compactação não é suficiente para adquirir as propriedades desejadas.
A estabilização química consiste em adicionar produtos estabilizadores que reagem quimicamente, preenchendo os poros do solo.
Os materiais mais utilizados para realizar a estabilização são o cimento, cal, pozolana, betume e, até mesmo, resíduos industriais.
Para que esse método seja bem sucedido, é necessário realizar ensaios em laboratório, a fim de verificar a dosagem econômica de material estabilizante que atenda ao nível desejado de resistência, compressibilidade e/ou permeabilidade.
A escolha entre estabilização mecânica e química depende de aspectos técnicos e econômicos, o tipo de solo e a obra a ser executada. Então cada caso deve ser estudado de forma particular, porém qualquer obra de terra necessita que alguma estabilização seja realizada.
Para executar os tipos de estabilização anteriores, também é possível aproveitar materiais que são subprodutos de outros processos.
A ideia de utilizar materiais alternativos vem de uma preocupação com a exploração dos recursos naturais, visto que o setor da engenharia civil é um dos maiores responsáveis por tais demandas de exploração.
Mas, outra motivação para buscar soluções alternativas às já existentes é a redução de custos.
Utilizar materiais, de resíduos industriais se torna mais vantajoso que um material nobre, a exemplo do cimento, um material altamente processado.
Entre os materiais alternativos utilizados, os mais comuns são resíduos de pedreiras, resíduos de demolição, resíduos de processos industriais (como por exemplo a cinza volante) cinzas de cascas de arroz (imagem abaixo) e resíduos de vidro.
Esses materiais mencionados, até tempos atrás, eram considerados problemas, porque tinham de ser descartados com certos cuidados para não prejudicar a natureza.
Hoje, por conta de vários estudos realizados nas universidades, foi desenvolvida uma forma de reciclar tais materiais nas obras de terra de maneira que gera benefícios para todos.
As construções adquirem qualidade com custos menores, as indústrias podem descartar seus resíduos gerando mais receita, e, além de tudo isso, os impactos ambientais são potencialmente reduzidos.
A estabilização do solo de construção é uma etapa essencial para garantir a qualidade e durabilidade de uma obra de terra. Não realizar esse processo pode acarretar em problemas sérios e custos posteriores bem elevados.
Por esse motivo, é de extrema importância a existência de um acompanhamento técnico adequado e mão de obra de qualidade.
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Grande abraço.
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Engenheiro civil e fiscal de obras
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