Madeira na construção: Vantagens e desvantagens
O uso da madeira na construção civil já data de milénios. Esse sistema construtivo, porém, possui vantagens e desvantagens, dá uma olhada e saiba mais!
Pedro & Carlos // 03 de novembro de 2020 // 13:23
Dentre a gama de áreas de atuação da engenharia civil, temos as grandes obras como estádios de futebol, barragens e as pontes.
As pontes são obras de arte que conectam dois locais separados por um obstáculo, seja ele um vale ou um rio, por exemplo. Assim sendo, é criada uma via de passagem para meios de transporte como os veículos e trens.
Mas quais são os tipos de pontes e para quais casos elas se aplicam? Nesse artigo vamos falar sobre os 08 principais tipos de pontes.
Se liga!
As pontes em concreto armado são estruturas que assim como as edificações, podem possuir lajes, vigas, pilares e fundação. A ponte em laje é um sistema construtivo de pontes no qual não há a presença de vigas para apoiar as lajes.
Esse tipo de ponte é utilizado em pequenos vãos e alturas, proporcionando uma execução rápida.
À medida que os vãos a serem vencidos pelas pontes crescem, sua estrutura necessita de mais elementos, evoluindo do tipo anterior, a inserção de vigas nas pontes.
A ponte em viga possui 4 variantes, a primeira delas é a viga biapoiada, indicada para vãos de até 20 metros.
Vãos maiores que 20 metros necessitam de estruturas muito grandes para combater as flechas geradas. Com isso, a segunda variante, com extremos em balanço, redistribui os esforços da viga.
Em casos de vãos ainda maiores, sem restrição de pilares, a terceira variante, vigas contínuas, pode ser usada em pontes de grandes extensões, porém limitará o tráfego marítimo da região.
A depender da região, uma ponte pode ser localizada numa zona com solo variável que seja prevista a ocorrência de recalque.
Uma quarta opção de ponte em viga é o uso de vigas Gerber, tendo os apoios dessa viga na zona de momento fletor nulo, os esforços são distribuídos da mesma forma que uma viga contínua, eliminando problemas com recalque diferencial.
Nos tipos anteriores, as vigas/lajes estavam apoiadas nos pilares (mesoestrutura).
Das disciplinas de estruturas, nos deparamos com o conceito de flambagem, no qual o tipo de apoio está relacionado com o comprimento de flambagem.
Na ponte em quadro rígido, as vigas e pilares estão engastados entre si, isso permite que os pilares sejam mais esbeltos (menor seção) para vencer grandes alturas.
Como são estruturas muitos rígidas, essa solução não pode ser adotada em ambientes onde são previstos os recalques diferenciais.
Em ambientes urbanos, nos deparamos com situações nas quais as pontes precisam ter grandes vãos, mas a altura disponível para se trabalhar é bem limitada.
Outra situação bem comum é a necessidades de construir uma ponte curva.
A ponte em estrado celular é composta de uma laje superior e uma laje inferior, interligadas por paredes de concreto. Essa seção transversal apresenta uma grande rigidez a torção, ideal para fazer curvas.
Quando o vão a ser vencido torna uma ponte em vigas muito pesada, a opção a ser adotada é a ponte em arco, indicada para ambientes do tipo vale e solo rochoso, onde há bom assentamento para fundação.
O arco pode ser posicionado de três formas em relação ao tabuleiro. O tabuleiro inferior, é indicado para vão menores que o tabuleiro superior (imagem acima).
O tabuleiro intermediário é uma mescla das duas opções anteriores, é mais incomum por apresentar problemas construtivos.
À medida que os materiais e técnicas construtivas foram evoluindo, os construtores e engenheiros decidiram construir pontes com vão enormes.
A ponte pênsil ou suspensa é um sistema estrutural no qual o tabuleiro está “pendurado” por cabos, bem semelhante a uma ponte de cordas.
A estrutura consiste em torres de ancoragem ligadas por um cabo parabólico. Desse cabo, saem tirantes que sustentam o tabuleiro da ponte.
O problema desse sistema é que a ponte se torna muito leve e, em caso de ações fortes de vento, a estrutura se torna instável e com possibilidade de colapso, conforme pode ser visto nesse vídeo.
Diferente do modelo anterior, na ponte estaiada, o tabuleiro e a torre de sustentação são ligados diretamente através dos cabos.
Esse sistema apresenta grande resistência a torção, reduzindo possíveis efeitos de cargas de vento e sendo possível executar curvas na ponte.
As pontes treliçadas são pontes capazes de vencer grandes vãos, geralmente metálicas, ou quando se precisa ter um estrado móvel, para a passagem de navios, por exemplo.
O posicionamento do tabuleiro em relação a treliça pode ocorrer das formas já mencionadas na ponte em arco.
Vimos então que existem vários tipos de pontes desenvolvidas à medida que era necessário vencer vãos cada vez maiores.
Cada situação possui um sistema mais indicado, o que pode facilitar a escolha do tipo sem a necessidade de testar vários sistemas.
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Grande abraço.
O uso da madeira na construção civil já data de milénios. Esse sistema construtivo, porém, possui vantagens e desvantagens, dá uma olhada e saiba mais!
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Engenheiro civil e fiscal de obras
Especialista em Eng diagnóstica
Diretor técnico na Neo Ipsum
Estudante de engenharia civil
Estagiário na Neo Ipsum