Tipos de vícios construtivos e ao que devemos nos atentar
Existem dois tipos de vícios construtivos, os aparentes e os ocultos. Nesse artigo falaremos um pouco sobre eles e ao que você deve se atentar.
Pedro & Lucas // 17 de abril de 2020 // 15:32
Créditos da imagem: http://propriedadesdoconcreto.blogspot.com.br
O concreto, durante toda sua vida útil, desde o processo da fabricação até seus últimos momentos, pode apresentar diversas manifestações patológicas.
Essa manifestações patológicas podem trazer diversos malefícios aos usuários da edificação
Provavelmente a mais recorrente dessas manifestações patológicas é a fissura.
Nesse artigo falaremos sobre fissuras no concreto e suas principais causas. Então continua lendo aí!
A utilização de concreto na engenharia civil é amplamente difundida, sendo esse o material mais utilizado na indústria da construção.
Seus benefícios são muitos, principalmente se combinado ao aço, formando o concreto armado, capaz de resistir a enormes esforços de compressão, tração e flexão.
Porém, apesar da sua resistência e durabilidade, o concreto também se desgasta e pode apresentar problemas, sendo o mais comum deles a fissura.
É essencial que um profissional da área de engenharia diagnóstica saiba diferenciar e entender os tipos de fissura, podendo assim, propor soluções adequadas para cada um.
O termo “fissuras” geralmente é utilizado para se referir tanto às próprias fissuras como as trincas e rachaduras, sendo assim as fissuras podem ser classificadas em três tipos principais, esses são:
· Fissuras: fissuras são caracterizadas por aberturas menores que 0,5 mm no concreto;
· Trincas: as trincas são caracterizadas por aberturas maiores que 0,5 mm e menores que 1 mm e geralmente divide o objeto em duas partes percorrendo toda a extensão dele.
· Rachaduras: aberturas bem mais violentas e preocupantes geralmente proporcionando uma visualização do ambiente através dela, permitindo, inclusive, a passagem de água e luz.
As fissuras podem ainda ser categorizadas pela possível causa:
· Ativas: Essas são caracterizadas pela variação nas aberturas de acordo com a variação das tensões aplicadas, podendo também ser classificadas em ativas progressivas (quando a abertura tem uma tendência a aumentar seu tamanho) e ativas estacionárias (quando possuem a tendência de permanecer do mesmo tamanho).
· Passivas: São aquelas que são provocadas por outros processos que não o excesso de esforços, geralmente não são muito preocupantes.
Os principais motivos são:
· Recalque da fundação : Exemplo de fissuras ativas progressivas, devem ser tratadas com urgência, tem origem em uma movimentação na fundação comprometendo boa parte da estrutura da casa.
· Vigas com excesso de cargas: Podem ser fissuras ativas progressivas ou estacionárias dependendo da carga aplicada, o excesso de carga pode surgir por erro de projeto ou execução, ou ainda por uma mudança no uso da edificação em relação ao objetivo inicial (adição de carregamentos não previstos).
· Lajes com excesso de cargas: Podem ser fissuras ativas progressivas ou estacionárias dependendo da carga aplicada, o excesso de carga pode surgir por erro de projeto ou execução, ou ainda por uma mudança no uso da edificação em relação ao objetivo inicial promovendo mais cargas que o previsto.
· Movimentação térmica: Geralmente causada pelo processo de calor de hidratação que promove uma retração no concreto, é um exemplo de fissura passiva. Frequentemente é tratada com aditivos ou alguma massa aplicada após o surgimento das fissuras.
· Desplacamentos: Causado pela expansão do aço no concreto decorrente da entrada de umidade por via de fissuras, o que faz o aço enferrujar e provocando um descolamento da parte superficial do concreto.
Atualmente no mercado existem vários produtos que prometem lidar com as fissuras tanto antes de acontecerem como posteriormente.
Porém, para fazer o uso desses produtos, é necessário entender os motivos de cada abertura e as implicações do seu uso.
Combater a fissuração é uma parte importantíssima na indústria da construção civil, por fins estéticos, estrutural e conforto dos usuários evitando a presença de insetos, fungos, possíveis colapsos ou para uma agradável visualização da edificação.
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Grande abraço.
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Engenheiro civil e fiscal de obras
Especialista em Eng diagnóstica
Diretor técnico na Neo Ipsum
Estudante de Engenharia civil
Estagiário na Neo Ipsum