Pilar abafado: Será que podemos usar?
Essa é um pergunta comum no mercado da construção: Será que podemos executar o pilar abafado na alvenaria? Dá uma olhada no artigo pra saber!
Hugo // 21 de fevereiro de 2020 // 12:31
Você, arquiteto ou engenheiro, já se perguntou qual é a Influência da forma da planta e da área no custo total da edificação?
Nesse artigo veremos os conceitos que regem esse estudo.
Na maioria dos casos, quando é necessário reduzir custos, busca-se reduzir a qualidade dos materiais utilizados e o tipo de execução da edificação.
Em poucos casos busca-se soluções por meio da modificação da forma ou dimensões do empreendimento, e quando isso é realizado, muitas vezes não se aplicam os conceitos corretos, como, por exemplo, supor que a simples diminuição do tamanho de uma habitação reduza proporcionalmente o seu custo.
Normalmente utiliza-se a influência do tamanho médio da edificação para estimar o seu custo, tomando como base dados do SINAPI ou CUB, porém, com esses dados, torna-se difícil estimar a influência que a forma das construções exerce sobre o custo.
Algumas análises geométricas podem nos ajudar a esclarecer essa ideia. Analisaremos algumas alternativas na planta de um edifício.
Podemos observar o resultado das relações entre a superfície, o perímetro e os lados da uma série de exemplos, todas elas com 100m² de superfície.
O perímetro (que representa as paredes) apresenta um forte crescimento à medida que aumenta a relação de lado maior/lado menor, conforme o gráfico abaixo:
É possível observar como a necessidade de usar paredes aumenta à medida que a forma da planta se apresenta mais alongada.
Estimando-se que as paredes representam cerca de 45% do custo total da construção, podemos observar como as decisões arquitetônicas podem influenciar no valor.
Para medir e avaliar com maior objetividade a relação entre as paredes que envolvem a edificação e a sua superfície, foi desenvolvido o chamado “índice de compacidade”, que seria a relação percentual entre o perímetro de um círculo de igual área do projeto (tendo em mente que o círculo seria a forma mais compacta) e o perímetro das paredes exteriores do projeto.
A relação é dada pela expressão:
Onde:
Ic – Índice de compacidade;
Pc – Perímetro de um círculo de área igual à área do projeto;
Pp – Perímetro das paredes exteriores do projeto.
Se denominarmos Ap como a superfície do projeto, podemos reorganizar a equação:
Dessa forma é simples calcular o índice de compacidade, porém, não reflete com exatidão o custo das fachadas.
Devemos considerar as arestas e curvas nas fachadas, por elas representam um aumento no custo.
Portanto, define-se como “Iec” o índice econômico de compacidade, onde o perímetro é maior, incorporando essas arestas e curvas, a equação fica da seguinte forma:
Matematicamente, o índice máximo de compacidade é 100, sem considerar arestas e curvas o do quadrado é 88,6%, e dificilmente os projetos se aproximam muito dele. Quanto mais próximo desse número, menores serão os custos de construção
Para representar economicamente através do índice de compacidade o custo da geometria das fachadas é necessário acrescentar ao perímetro em metros a quantidade de arestas divididas por um número próximo a dois e acrescentar a quantidade de metros do perímetro que for curvo em um valor próximo de 50%.
Estes dois acréscimos se fundamentam em:
· Normalmente a mão-de-obra de uma aresta custa por cada metro linear como se fosse um metro quadrado e como o material tende a ser o mesmo, cada aresta equivale a 0,5 metros de perímetro.
· Todo plano curvo custa em média, 50% a mais que seu equivalente reto.
A Building Research Establishment (Inglaterra) desenvolveu um estudo com as seguintes características:
a) Foram desenhados uma série de edifícios com um índice de compacidade decrescente, foi calculado o custo de construção de cada um deles (em Libras Esterlinas) e comparado com o seu Ic.
b) Para que pudessem ser comparáveis, as distribuições internas dos projetos foram estudadas de maneira que cada um, todos com a mesma função, a cumprissem com o mesmo grau de eficiência.
Os resultados são apresentados na tabela abaixo:
Esse artigo foi basado nos conceitos do livro “O custo das decisões arquitetônicas” do autor Juan Luis Mascaró e, se tiver interesse em se aprofundar no assunto, você pode adquirir o livro, basta clicar aqui!
E aí, gostou? Ficou alguma dúvida? Então compartilha e deixa o seu comentário!
Essa é um pergunta comum no mercado da construção: Será que podemos executar o pilar abafado na alvenaria? Dá uma olhada no artigo pra saber!
Nesse artigo falaremos sobre 07 sistemas construtivos inovadores que vêm ganhando espaço no mercado brasileiro, ressaltando suasvantagens e desvantagens!
Engenheiro civil e construtor
Bim Manager
Diretor comercial na Neo Ipsum