O custo de uma estrutura
de concreto armado

Pedro // 28 de abril de 2020 // 10:31

A preocupação com o custo de uma estrutura de concreto armado atinge todos os envolvidos no empreendimento

Você, engenheiro executor, já se deparou com uma estrutura que saiu mais cara que o esperado?

E você, projetista, já foi questionado quanto ao alto custo de execução de seu projeto?

Você, aluno e futuro profissional, quer saber um pouco mais sobre os principais fatores que influenciam o custo de uma estrutura de concreto armado, para evitar surpresas na sua vida profissional?

Esse artigo irá te ajudar, acompanha aí!

Principais fatores influenciantes no custo de uma estrutura

1. Arquitetura do Empreendimento

O projeto arquitetônico é a base de todos os demais projetos de uma edificação.

Sendo assim, os projetos de engenharia devem evitar ao máximo descaracterizar a arquitetura, e, em casos inevitáveis, deve-se avisar o arquiteto e chegar a um consenso.

Existem diversas concepções arquitetônicas, e algumas oneram mais a estrutura. Dentre os principais itens que irão encarecer a estrutura temos:

1.1. Grandes vãos sem pilares

A prática da engenharia estrutural recomenda vãos de 4 a 6 metros para termos uma economia na estrutura.

Porém, é comum encontrarmos situações que não é possível manter essa distância econômica, em especial em garagens, ou em ambientes muito amplos.

1.1. Balanços elevados

Um balanço é um elemento estrutural que está apoiado apenas em uma extremidade, o que acaba por transferir toda a carga para um único ponto de apoio, encarecendo a estrutura.

É comum encontrarmos este tipo de solução arquitetônica em casas e edifícios de alto padrão.

1.2. Limitações nas dimensões de elementos estruturais para evitar interferências

É usual encontrarmos projetos arquitetônicos que limitam o espaço para o lançamento estrutural por parte do calculista.

Uma situação muito comum é em garagens de edifícios, onde pilares mais grossos e/ou em grande número acabam por inviabilizar vagas de estacionamento.

Outra questão muito recorrente é a limitação da altura da viga, para passagem de tubulações e forro, de forma a não reduzir o pé-direito do imóvel.

2. Concepção Estrutural

A concepção estrutural é de suma importância na economia da estrutura.

Este fator depende exclusivamente do projetista estrutural, e pode fazer enorme diferença no projeto.

Por exemplo: optar por lajes pré-moldadas ao invés de lajes maciças em uma estrutura, pode reduzir drasticamente seu custo, diminuindo os gastos com aço, concreto, formas e mão-de-obra.

Um estudo aprofundado do lançamento da estrutura, se atentando às vinculações no pórtico espacial, distâncias ótimas para lançamento de elementos, e até a configuração correta do software utilizado também influenciam drasticamente no custo final da estrutura.

3. Tipo de Obra

O tipo de obra é outro fator muito importante a se atentar no custo da estrutura.

A depender do local e tipologia da obra, teremos uma classe de agressividade diferente, o que nos traz parâmetros de Fck e cobrimentos mínimos, que encarecem a estrutura.

Outra característica a se levar em conta quanto ao tipo de obra é se o concreto será aparente ou não.

Concretos aparentes exigem um melhor acabamento para obterem uma textura homogênea e lisa.

Com isso, são necessários procedimentos mais custosos, como uso de formas mais resistentes que evitem flechas, uso de um concreto mais fluido, maior gasto no sistema de escoramento, e gastos na limpeza e tratamento superficial da estrutura.

4. Época do ano

A época do ano, muito negligenciada na hora de se planejar uma obra, tem um papel importante no seu custo.

Em épocas muito chuvosas, o procedimento de concretagem fica inviabilizado, o que acaba atrasando as etapas posteriores e tornando parte da mão-de-obra ociosa.

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Grande abraço.