Seixo rolado no concreto: Tudo
que você precisa saber

Pedro & Carlos // 12 de junho de 2020 // 09:27

Dada a heterogeneidade do território brasileiro, certos materiais comumente empregados na construção civil não são de fácil acesso para algumas regiões.

Um exemplo muito comum está relacionado ao agregado graúdo utilizado na mistura de concreto, a brita granítica se mostra escassa em algumas regiões.

Para contornar o problema do agregado graúdo, uma das opções seria o transporte do material vindo de outras regiões, porém a solução não é economicamente viável.

Com isso em mente, a solução encontrada pelos profissionais dessas regiões, para obter um concreto com custo controlado, consiste em realizar a substituição da brita por seixos rolados.

As características do seixo rolado

Os seixos são fragmentos de rocha que, de forma natural, sofreram lavagem e transporte através de um corpo hídrico, adquirindo um aspecto relativamente liso, como visto na imagem anterior.

A resistência do seixo, assim como da brita, é determinada por sua composição mineralógica, não sendo um problema para o concreto.

A característica do material que gera preocupações é, na verdade, a sua superfície lisa.

O fato da superfície ser lisa prejudica a aderência entre os materiais, reduzindo a resistência do concreto e facilitando a ocorrência de patologias como exsudação e segregação dos elementos que o compõe.

As propriedades do seixo rolado no concreto

A partir de alguns estudos, nota-se que o uso de seixos na produção do concreto, confere uma resistência à compressão inferior a obtida com brita, se baseando na metodologia de dosagem da ABCP.

De acordo com outras pesquisas, foi possível obter um concreto com maior resistência à compressão ao combinar a brita granítica com os seixos, em comparação a utilizar os dois materiais de forma separada.

No geral, um concreto produzido com seixos rolados se apresenta “mais fraco” que o concreto tradicional, em contrapartida, é necessário um menor fator água/cimento para que a mistura apresente boa trabalhabilidade.

A redução do uso de água, também reduz a incidência de poros, o que tende a formar uma estrutura com maior durabilidade.

Considerações finais

Para concluir, a mudança do agregado também interfere em propriedades como massa específica, absorção de água e índice de vazios.

Com isso, torna-se imprescindível definir uma metodologia de dosagem mais adequada à aplicação do componente alternativo, para que a estrutura obtenha um consumo otimizado dos recursos que favoreça a resistência final da estrutura.

E se você está iniciando a sua carreira na construção civil e ainda não sente segurança, da uma olhada nesse treinamento que elaboramos para você!

Grande abraço e até o próximo artigo!