Uso do BIM em obras de saneamento
Quer saber mais sobre o uso do BIM em obras de saneamento? Preparamos esse artigo justamente para você! Portanto clica logo aí e dá uma olhada.
Felipe // 24 de setembro de 2019 // 17:51
Há algumas semanas, eu escrevi um artigo sobre como as fossas negras não eram uma boa opção para disposição final de águas servidas.
Mas então, o que fazer quando não se tem acesso ao sistema de coleta de esgoto?
Veremos nesse artigo soluções alternativas para a destinação de efluentes!
É importante dividir a disposição final do esgoto em duas etapas.
Em um primeiro momento é necessário dar um tratamento as águas servidas antes da sua disposição final, a fim de que o material cause o menor impacto negativo possível ao meio ambiente.
Para isso nós fazemos uso das…
Nas fossas sépticas, as águas servidas sofrem a ação das bactérias anaeróbias.
Sob a ação dessas bactérias, parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou substâncias estáveis que, dissolvidas no líquido contido na fossa, são menos agressivas ao meio ambiente
Essas substâncias podem ser lançados no terreno por meio de um dos dispositivos que iremos falar a seguir.
Naturalmente alguns cuidados devem ser tomados quanto a concepção das fossas. O seu tamanho deve ser calculado de acordo com a NBR 7229/93.
Mesmo sendo obrigatório a sua impermeabilização, tanto de paredes quanto de fundo, devem-se tomar alguns cuidados quanto ao distanciamento do dispositivo em relação à edificações (mínimo de 1,5 m), árvores (3,0 m), poços freáticos e outros corpos de água (15,0 m), a fim de evitar contaminação.
Após o tratamento na fossa séptica, o material pode seguir para um filtro que depure ainda mais a matéria orgânica ou seguir diretamente para um dispositivo que auxilie sua infiltração no solo.
Esse dispositivo pode ser um sumidouro, ou uma vala de infiltração.
O sumidouro consiste em um poço destinado a receber os efluentes das fossas sépticas e facilitar sua infiltração.
Para isso, diferente das fossas sépticas, os sumidouros possuem suas paredes e fundo permeáveis.
As dimensões do sumidouro vão depender das características de infiltração do solo, determinadas através de um ensaio de percolação.
Seu diâmetro mínimo é de 30 cm e a sua profundidade é limitada de forma que o seu fundo fique a, no mínimo, 1,5 m do nível do lençol freático.
As valas de infiltração são destinadas a receber os efluentes da fossa séptica e permitir sua infiltração em uma camada mais superficial do solo.
As valas são escavadas no terreno com profundidade entre 0,60 m e 1,0 m, largura entre 0,5 e 1,0 m. São assentados tubos de drenagem de diâmetro mínimo de 100 mm.
A tubulação deve ser envolvida em material filtrante apropriado, como brita, permitindo a passagem dos efluentes.
De acordo com a norma, deve-se utilizar, no mínimo, duas valas que devem funcionar de forma alternada.
Devido a grande área necessária para a instalação de uma vala de infiltração, essa opção não é vista de forma tão atraente quanto um sumidouro.
Entretanto, ela pode ser a única opção viável em um terreno cujo lençol freático seja muito alto.
Pronto, agora você já sabe um pouco mais sobre soluções alternativas para a destinação de efluentes!
E você já precisou utilizar um sistema como esse pela ausência de uma rede de esgoto no seu empreendimento?
Conta pra gente aí nos comentários!
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Engenheiro civil
Bim Coordinator
Diretor financeiro na Neo Ipsum
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