BIM na pandemia: Como o
seu uso pode ajudar?

Hugo // 05 de agosto de 2020 // 11:36

As mudanças sociais, culturais e no local de trabalho provocadas pela pandemia do COVID-19 estão se tornando cada vez mais óbvias.

Felizmente, nós seres humanos temos uma capacidade incrível de se adaptar às novas situações e ambientes, que foi o fator que permitiu chegarmos tão longe como civilização.

Mas em que essa pandemia afetou nas nossas edificações e espaços públicos?

Eles estão prontos para enfrentar todas essas mudanças?

Infelizmente, a realidade é que, na maioria dos casos, a resposta é não.

E pensando nisso, algumas empresas passaram a buscar soluções para o problema, e foi assim que surgiu o “Open BIM COVID-19”, desenvolvido pela CYPE.

Uma solução para o problema

A atualização mais recente da versão CYPE 2020 é acompanhada pelo programa Open BIM COVID-19, que é uma ferramenta gratuita que pode usar a tecnologia Open BIM e os padrões da IFC como base para desenvolver um plano de prevenção contra a propagação do Corona vírus.

Os modelos de construção desenvolvidos em aplicativos como Autodesk Revit, Archicad, Allplan, Sketchup, IFC Builder ou CYPECAD MEP podem ser conectados ao Open BIM COVID-19 por meio do BIMserver.center.

Uso do BIM na pandemia

Devido ao aumento da escala da pandemia, governos e outras entidades em todo o mundo estabeleceram restrições ao uso e acesso a diferentes locais públicos e privados para conter a propagação do vírus.

Com a chegada do pico da pandemia, muitos países começaram a aplicar estratégias para reabertura dos espaços, aplicando uma série de regulamentos para permitir que o mercado volte a funcionar, porém, com a devida segurança.

E é aí que entra o Open BIM COVID-19.

Ele tem como objetivo verificar diferentes parâmetros relacionados a esses regulamentos, como a lotação máxima, distanciamento mínimo de segurança, existência de rotas seguras ou fornecimento de luvas, máscaras e dispensadores de álcool gel.

Porém, cada localização possui diferentes regras e em muitos locais elas ainda estão em desenvolvimento.

Portanto, os usuários podem configurar esses parâmetros de acordo com os requisitos do ambiente em que o edifício está localizado.

Como funciona?

Funciona assim: o aplicativo importa o modelo de arquitetônico do BIMserver.center, incluindo pisos, espaços e móveis.

A partir de então, os projetistas poderão inserir todos os usuários em seus locais de trabalho. Os dados serão usados para verificar a capacidade máxima e a distância segura de cada espaço.

Cada pessoa receberá um certificado de identidade e será classificada de acordo com suas características (sexo, idade, condições de saúde).

Os usuários também podem criar pessoas que podem estar próximas umas das outras como, por exemplo, um grupo de pessoas em uma mesa de restaurante.

Os espaços de proteção interpessoal criados são verificados pela análise de “clash detection”, em que a ferramenta indica o status de cada pessoa através de círculos vermelhos e verdes, indicando se eles estão ou não protegidos.

Realizada a análise, é possível exportar os resultados da inspeção, lista de materiais, desenhos, assim como exportar o arquivo IFC para que possa ser utilizado por outros profissionais e softwares.

O projeto pode ser acessado através de outras ferramentas específicas (visualizador on-line ou realidade aumentada).

Considerações finais

O uso do BIM na pandemia pode ajudar a minimizar os efeitos dessa terrível situação em que estamos inseridos.

A pandemia uma hora vai passar, porém, com certeza os novos hábitos adquiridos vão perdurar, passando a existir assim uma nova cultura de interação entre indivíduos.

E essa nova cultura vai impactar na forma que construímos e projetamos, portanto, devemos nos preparar.

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Grande abraço!